Encontra-se no concelho de Gavião, distrito de Portalegre, distando aproximadamente 5 quilómetros da sede concelhia; o seu orago é a Nossa Senhora da Visitação.
O território da atual povoação de Belver deverá ter sido ocupado pela primeira vez em épocas muito longínquas, pois a julgar pela região em que se insere, onde se encontram vestígios de fixação humana pré-histórica, como por exemplo, a anta do Penedo Gordo na Torre Fundeira, não se pode excluir a hipótese de essas populações se terem espalhado por toda aquela área, inclusivamente para a de Belver.
O repovoamento fixo e permanente do território da freguesia foi iniciado por D. Sancho I que, por carta de 13 de Junho de 1194, fez doação à Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém das terras denominadas “Guidintesta’, com a condição de na “Vila de Guidintesta’, edificarem um castelo, a que o próprio monarca impôs o nome de “Belver”, cuja interpretação é “Bela Vista”; facto concordante com a localização do referido castelo, que se situa no alto de um morro, na margem direita do rio Tejo, de onde se tem a panorâmica da freguesia. O castelo foi fundado por Gualdim Pais, da Ordem dos Hospitalários; esta Ordem estava familiarizada com as inúmeras experiências em arquitectura militar avançada, o que permitiu a construção de uma fortaleza muito bem delineada. Julga-se que o castelo terá sido ocupado pelos cavaleiros da Ordem antes mesmo da sua conclusão, em 1212.
O Foral Novo atribuído por D. Manuel I, a 18 de Maio de 1518, instituiu o concelho de Belver; porém, no século XVII, o seu termo estava muito mais reduzido, sendo apenas composto por Belver e Comenda.
O concelho de Belver acabava por ser extinto em 1836, na sequência de uma reorganização administrativa do país. Belver ficava então integrada no concelho de Mação e, em 1898, passava para o de Gavião, ao qual ainda hoje pertence.
O Castelo é o mais valioso património cultural da povoação e atualmente, o Museu do Sabão e o Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias, os locais de maior interesse turístico.
A sua situação geográfica e as dificuldades económicas, fizeram da povoação um dos pontos onde a emigração chegou a atingir valores significativos. Muitos dos seus habitantes foram procurar noutras zonas do país e do mundo, trabalho com melhor remuneração, visto que no local, a atividade dominante é a agricultura, sendo a produção olivícola a que mais se destaca. No artesanato local, ressaltam os tapetes e as colchas em lã ou linho.